Rádio

Quase famosos

Direto do túnel do tempo. Acabei de ouvir um mp3 (o único que sobrou da famosa demo Transol Towers, produzida pelo Johnnie Casino. "Medicine", a outra música foi tragada pelo tempo-espaço!) da banda que seria a salvação da cena musical da Ilha, impregnada de boi de mamão beat na época: Isolamento Acústico. Tá, o nome era podre mas ufos combatentes também não é de uma criatividade à toda prova.

Não lembro da data da gravação, sei que foi num sábado e num domingo e não custou nada ou quase nada como vocês verão. O ano? 1997, novembro ainda me lembro. A gente fazia covers pobre-rock e tinha intenção de estourar nas paradas com composições próprias. Medicine foi escrita em inglês, com música e letra deste que vos fala e a outra que ficou para a posteridade era Duã Duã (ouve e depois me diz que achou), contribuí na letra e fiz a melodia.

Momento Guitar Player com detalhes técnicos da gravação, quem não se interessa pode pular. Gravei com um amp Crate de 15W, pequeno porém feroz, apelidado de cretino, uma gibson epiphone LP-100 e uma pedaleira ART, ainda os possuo. Usei distorção e flanger nesta e na outra canção. Flanger ia fazer um comeback. BTO era legal pra caramba. Apostava que ia ser o novo Wah. O nosso produtor usava um dos primeiros Cakewalk no PC. A gente gravou os instrumentos simultaneamente e acrescentou voz depois. Cada dia uma música e no fim de semana uma fitinha cassete com o futuro em nossas mãos.

Meu amp é 110V e aqui tudo roda em 220, tem que usar tranformador. Eu ainda falei que queria levar ele pra casa e trazer no outro dia. No fim me disseram que não precisava, ninguém ia mexer. Deixei em confiança. Adivinha se no outro dia o botãozinho de ON do crate acendia? "Ninguém" havia tentado usar ele. Tive que pedir para rebobinaram o bendito, custou alguns reais. Acho que continuei com um Marshall do Johnny Thunders ou um Ciclotron meu velho de guerra. A diferença na qualidade de som é imperceptível, nunca sei dizer qual é qual. Os microfones eram aqueles básicos da Shure. Muita ambiência.

Pra perder o cabacinho em matéria de estúdio até que foram gentis. 2 anos depois gravaríamos num estúdio mais equipado um CD-demo pro Festivalda, com 3 próprias e 3 lados B, covers que fazíamos na época. Era outra encarnação da mesma banda com outro nome, com exceção da vocalista que saiu e entrou outra e o acréscimo de um outro guitarrista. Muitos diriam, tava precisando mesmo. Antes que alguém pense besteira a gente não contratava garotas como cantoras para consumo próprio.

A gravação da demos e os shows que fizemos são uma outra história para um outro pôr-do-sol. Para adiantar não fomos selecionados, minha Anna Júlia não estourou e saimos disso tudo com uma lição... Ná, não aprendemos nada com o episódio.

Valeu, Helen (nossa eterna vocal) pela arqueologia musical!!

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 10:47:00 PM  

1 comentários:

Anônimo disse... terça-feira, novembro 28, 2006 10:16:00 AM  

iuaiuhIAUH
toda vez que eu ouço essa relíqua aí eu me mato de rir!! fo realmente uma grande época!! a gente até acreditava que um dia ia fazer sucesso!!!
mas beleza!!! aprendi muito... é por isso que hoje em dia não me arrisco mais a cantar!!!
aiUHAIUHaihIAUHAiuh

abração aê Le!!!
Nostalgia rulessss!!!

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