Rádio

Fortkamp´s Other Tales From Bravemen Land

Segue resenha que fiz para o lançamento do segundo CD do genial cantor e compositor Alexandre Fortkamp. Disponível para venda direta com o próprio.

Other Tales From Bravemen Land não se inicia com uma peça em 3 movimentos de inspiração clássica como seu antecessor, o que aponta quão diverso é o rumo desse novo trabalho. Apresentando músicas mais longas e mais ousadas, transitando em estilos díspares sem perda da visão de conjunto, Fortkamp conta com seus fiéis escudeiros e com a chegada de novos colaboradores como o guitarrista Eduardo Pimentel e o baixista Luiz Pauli.

A obra começa com um petardo em forma de canção, No More Death And No More Cry, em que se conhece o mais bravos dos homens bravos, o guerreiro extenuado de batalhas Zolthan e seu desejo de paz. O solo de cravo é uma das muitas atrações da magnífica orquestração que aparece na metade da música. A pungência dos coros de vozes deixa Morricone feliz da vida por ser um bom exemplo.

Na linha power metal melódico, que tão bem caracteriza o músico mas não o restringe, há ainda There´s No Enemy, com seus tappings de baixo e bumbo duplo aliados aos riffs poderosos e Take Your Sword, cuja inventividade num gênero tão propalado garante um lugar de destaque no panteão de ouro da história do metal.

Para brindar o ouvinte com You Can Catch The Rainbow Fortkamp mergulha fundo em suas influências setentistas mais caras sem deixar de trazer algo único com suas características à tona. O refrão é um daqueles de uma frase só que pegam em cheio na mente, não saem e nem se espera que saiam.

Flyer bird começa com guitarra e baixo se complementando temperados por repiques de cimbais. Aos 4 minutos os outros instrumentos entram para que se embarque nas asas desse pássaro mitológico que povoa a imaginação de Fortkamp. Esse é a primeira peça instrumental de Other Tales, com seus 11 minutos que passam sem que se perceba dada a riqueza do ritmo e das linhas de guitarras que por vezes se dobram e se desafiam.

A segunda menor e também instrumental é Beyond The Skyline com apenas 2 minutos e 11 segundos. Com a participação do contratenor brasileiro Alírio Netto, requisitado solista na Broadway mexicana, Fortkamp mostra seu versátil talento vocal sobre um arranjo de cordas fantasmagórico.

O piano expressivo de Dancing In The Moonlight fornece tudo o que o compositor necessita para acompanhá-lo nessa sublime espera pela chegada de sua adorada para uma dança ao luar. O amplo domínio da língua inglesa nas letras é evidenciado pelo uso de um raro sinônimo para talvez. Apenas um bardo de alta estirpe utilizaria mayhap em seus versos.

O fato marcante de Prelude To Fantasy é diversificação do repertório de instrumentos ao usar pela primeira vez um MOOG, o mí(s)tico sintetizador do inventor de mesmo nome e um alaúde oriental, um parente próximo do okotô, que introduz a linha melódica que vai em crescendo até a climática entrada do Moog sugerindo levemente o que está por vir na Fantasia propriamente dita.

Reeditando uma parceria de sucesso do primeiro disco a soprano Claudia Todorov dá o ar de sua graça na intro e na cantata de Fantasy In Bravemen Land, a composição mais longa de Fortkamp que fecha com todas as honrarias Other Tales. Clara virada na orientação musical para os trabalhos vindouros, surpreenderá alguns, talvez os mais incautos e de mente fechada. Sim, porque se sabe que da fértil imaginação do compositor pode-se esperar nada menos que o novo e o extraordinário.

A inspiração bluseira que há nele aflora aqui nas guitarras e são tantos os climas e andamentos para narrar o esforço de Zolthan pelo fim das lutas que uma primeira audição não revela todos os detalhes de produção. A vibração mais funky que Fantasy adquire por volta dos 14 minutos é mais uma faceta nunca antes mostrada e que encerra o CD brilhantemente.

A capa deste segundo trabalho é fantástica não apenas pelos atributos das mulheres ali retratadas mas pela facilidade com que serve de referência visual à paisagem musical dessa terra em que habitam personagens fantásticos. O restante da parte gráfica também é impecável com sua galeria de fotos do artista posando com peças do seu arsenal musical nas batalhas dos Bravos Homens.

A produção como era de se esperar resulta numa qualidade primorosa. O resenhista teve a oportunidade de conviver com as composições em diversos estágios desde sua criação até o pré-mix. O resultado final confirma toda a genialidade de Fortkamp e a imensa devoção que tem em relatar a épica saga de eras medievais. Resta torcer para que o próximo CD venha o quanto antes, já que algumas idéias musicais estão prontas, dependendo somente da disponibilidade de horário de estúdio.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 10:52:00 PM 2 comentários  

A alma do negócio

O pessoal deve ter se ligado que agora aqui tem anúncios gugou. E sob juramento de sangue não posso influenciar ninguém a ficar clicando (não clica lá viu? só quando não tiver ninguém olhando). Geralmente tem que haver muito clique para dar lucro e o link tem a ver com o conteúdo do texto. Por isso ia encerrando o expediente por hoje quando vejo essa pérola que me garantirá menção na Advertising Age e Blue Bus.

Confesso que a relação do produto anunciado como visto na fig. 1 com o post anterior me escapa.

Fig. 1

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 11:36:00 PM 0 comentários  

Quase famosos

Direto do túnel do tempo. Acabei de ouvir um mp3 (o único que sobrou da famosa demo Transol Towers, produzida pelo Johnnie Casino. "Medicine", a outra música foi tragada pelo tempo-espaço!) da banda que seria a salvação da cena musical da Ilha, impregnada de boi de mamão beat na época: Isolamento Acústico. Tá, o nome era podre mas ufos combatentes também não é de uma criatividade à toda prova.

Não lembro da data da gravação, sei que foi num sábado e num domingo e não custou nada ou quase nada como vocês verão. O ano? 1997, novembro ainda me lembro. A gente fazia covers pobre-rock e tinha intenção de estourar nas paradas com composições próprias. Medicine foi escrita em inglês, com música e letra deste que vos fala e a outra que ficou para a posteridade era Duã Duã (ouve e depois me diz que achou), contribuí na letra e fiz a melodia.

Momento Guitar Player com detalhes técnicos da gravação, quem não se interessa pode pular. Gravei com um amp Crate de 15W, pequeno porém feroz, apelidado de cretino, uma gibson epiphone LP-100 e uma pedaleira ART, ainda os possuo. Usei distorção e flanger nesta e na outra canção. Flanger ia fazer um comeback. BTO era legal pra caramba. Apostava que ia ser o novo Wah. O nosso produtor usava um dos primeiros Cakewalk no PC. A gente gravou os instrumentos simultaneamente e acrescentou voz depois. Cada dia uma música e no fim de semana uma fitinha cassete com o futuro em nossas mãos.

Meu amp é 110V e aqui tudo roda em 220, tem que usar tranformador. Eu ainda falei que queria levar ele pra casa e trazer no outro dia. No fim me disseram que não precisava, ninguém ia mexer. Deixei em confiança. Adivinha se no outro dia o botãozinho de ON do crate acendia? "Ninguém" havia tentado usar ele. Tive que pedir para rebobinaram o bendito, custou alguns reais. Acho que continuei com um Marshall do Johnny Thunders ou um Ciclotron meu velho de guerra. A diferença na qualidade de som é imperceptível, nunca sei dizer qual é qual. Os microfones eram aqueles básicos da Shure. Muita ambiência.

Pra perder o cabacinho em matéria de estúdio até que foram gentis. 2 anos depois gravaríamos num estúdio mais equipado um CD-demo pro Festivalda, com 3 próprias e 3 lados B, covers que fazíamos na época. Era outra encarnação da mesma banda com outro nome, com exceção da vocalista que saiu e entrou outra e o acréscimo de um outro guitarrista. Muitos diriam, tava precisando mesmo. Antes que alguém pense besteira a gente não contratava garotas como cantoras para consumo próprio.

A gravação da demos e os shows que fizemos são uma outra história para um outro pôr-do-sol. Para adiantar não fomos selecionados, minha Anna Júlia não estourou e saimos disso tudo com uma lição... Ná, não aprendemos nada com o episódio.

Valeu, Helen (nossa eterna vocal) pela arqueologia musical!!

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 10:47:00 PM 1 comentários  

Esse guri vai longe!!!!!!!

Talvez motivado pela Sorte de Hoje do Orkut e/ou por ser um indivíduo assaz trabalhador e irrequieto (TAG não tem nada a ver com isso), adiantei para hoje tarefas que estavam reservadas para segunda-feira. Ligações importantes para o eixo Rio-SP. Respostas de caráter artístico-comercial a serem fornecidas. Planejamento de viagens de negócios a ser arquitetado. Típico de caras envolvidos até a medula em seus projetos de enriquecimento pessoal e de urânio.

Segue abaixo uma LISTA, que doravante chamarei de lista, do que fazer para o sucesso do "MEGA-PROJETO 2007". É assim que apelidei carinhosamente o meu projeto de longa-metragem do qual até o fim de uma árdua batalha judicial pelos direitos autorais não citarei o nome.

Caberia aqui uma historinha da gênese do supracitado. Da proposta indecente de adaptação de uma peça que não era lá essas cosa que certa pessoa me fez em 2004, passando pelas agruras da pesquisa de campo sobre o tema abordado entre fetos dilacerados e clínicas clandestinas até a aprovação do projeto na ANCINE em outubro desse ano.

Fazendo minhas as palavras do grande empreendedor franco-favorito Barão Cabernet Sauvignon: "Homens de negócios não contam historinhas, eles fazem a historinha acontecer.", ei-la:

  • Descolar uma corretora de valores na bolsa e conseguir dinheiro deles.
  • Entrar em contato com o consulado da Espanha e conseguir dinheiro deles.
  • Propor co-produção com a Globo Filmes e conseguir dinheiro deles.
  • Entrar em contato com atores e atrizes famosos para integrar o elenco do filme e conseguir dinheiro deles.
  • Arranjar 3 ou 4 empresas grandes e conseguir dinheiro deles.

Como podem ver, trivial. Nada que demande um esforço hercúleo. Coisas que a um mero mortal como yo é permitido alcançar.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 5:14:00 PM 0 comentários  

Vídeos da net de ontem

Tá uma bosta esse blogger. Não, não vou mudar e trocar por um servidor pago. Como se não bastasse isso aqui não ter muita figurinha, nunca mais consegui embeddar vídeos. É legal a pessoa entrar e poder ver no próprio blogue algum vídeo bacana. Esse artifício salvou quantos blogues do ostracismo. Não tem assunto? Seus problemas acabaram, mete um videozinho. Vai ser um divisor de águas. Como antes e depois do celular.

Num new york post anterior e mais antigo consegui e agora sabe-se lá por quê não vai mais. Clico duas vezes no link na própria página do YT e quando vou colar aqui, só aparece metade do link e não tem copiar e colar que dê jeito.

Pois bem! Segunda-feira ia postar o vídeo das minas no banheiro, reclamando de uma suposta "dearréia" causada pela cerveja Itaipava. Não me sinto mal em não repassar aqui, porque descobri esse em outros blogues e já foi diagnosticado como viral, num pretenso ataque a uma suposta ameaça às cervejarias grandes e constituídas por parte dessa marca emergente.

Numa implicação paralela, a mina que está pintando a porcelana também leva a crer que o suco de cevada tirou seu pudor ao proporcionar um sexozinho oral básico num coleguinha, algo me diz que vai funcionar justamente da forma contrária pretendida pelos opositores. Meu voto vai pra Itaipava em todas as festinhas e churrascos daqui por diante.

Ontem ia ter o do Kramer surtando no palco, o vizinho do Seinfeld, e xingando de preto alguns negros da platéia que estavam contando piadas mais engraçadas que ele. Michael Richards ainda diz o que os brancos fariam com eles se vivessem 50 anos atrás. Isso aconteceu na sexta passada e de lá pra cá ele só não apareceu ainda no programa da Ana Maria Braga pedindo desculpas e dizendo que foi mal interpretado. Outro que acredita no "falem mal mas falem de mim".

Vai lá! Assiste e depois volta, senão!!!!!!!! (Eu sei onde você mora...)

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 8:27:00 PM 0 comentários  

Desenhos pouco infantis

A TV desde sua invenção sempre foi uma boa babá para crianças e adultos. O tempo que as TVs exibem desenhos então sempre foram garantia de tranqüilidade para as mamães. Meu tempo de exposição a eles era menos do que hoje em dia. Não existiam canais com programação exclusiva de desenhos animados. Os melhores eram muito antigos, da década de 60/70. A Xuxa e a Mara tinham uns mais novos da década de 80, mas não eram lá essas coisas. Thundercats, convenhamos... Com o devido distanciamento crítico a gente percebe como foram malditos os 80's.

Por anos a dupla Hanna & Barbera comandou e seus herdeiros continuam a lucrar. Eles começaram a carreira na MGM com Tom e Jerry. Depois fundaram seu próprio império quase tão grande quanto Disney. E de todos os desenhos HB, o mais tosco na categoria super herói, tirando os Herculóides, era o do Homem-Pássaro. Ele morava dentro de um vulcão, sozinho com aquele passarinho roxo e quando ficava fraco tinha que ir tomar um sol bem próximo do sol. Não sei como não queimava as penas.

Tudo isso para dizer que a globalização é ótima e a tecnologia melhor ainda. Com o YouTube ninguém com banda larga precisa esperar anos para o Cartoon Network importar e dublar. Uma animação da novíssima safra para adultos que recomendo é Harvey, o Advogado, a atualização do clássico Homem-Pássaro de forma a parodiar os dramas de tribunal. Passa na faixa Adult Swim nos fins de semana e reúne vários personagens da nossa infância, Peter Potamus é um assíduo coadjuvante. O resultado é um besteirol classe A. O tipo de humor que eu aprecio, o que não quer dizer nada.

http://www.youtube.com/results?search_query=harvey+birdman Aí tem a lista com vários episódios, alguns em brasileiro.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 11:17:00 PM 0 comentários  

Óbvio Mundo Roque

O dia tava com cara de Los Hermanos, não barbado, cinza como as músicas mais melancólicas. Não era tanto pelo frio mas eu nem ia tomar banho. Ia ser praticamente uma confraternização da tribo indiegena. No fim não só tomei banho como lavei o cabelo. Agora que eu não ia pegar ninguém mesmo.

Quando saí de casa, a chuva começou. Era um longo caminho até a Lagoa, quase desisti do show. Lá chegando o mano Brista queria uma grana ferrada pra flanelar. Consegui um desconto considerável. Os truta era firmeza. Salve rapaziada!

Perto das vans de cachorro quente, encontro minhas velhas colegas de auditório: Carol e Sandra. A Carol não sabia da notícia mais quente do ano. Conheci o australiano da Sandra. Como ele é fofo, no sentido adiposo da palavra. Consegui uma credencial de imprensa com um camarada da imprensa. Eles foram embora, essa noite ia ser carreira solo.

Perdi todas as bandas de abertura menos a última. Um dia quem sabe eu vou num show para vê-las. Hoje não. Eles sentiram na pele a segregação musical, tocaram num palquinho fuleiro num canto do salão. Incongruência, discriminação? Se eu fosse de uma banda grande faria o mesmo. Ser tratado diferente faz parte do rito de passagem de qualquer artista.

Dei uma circulada enquanto não começava. Revi conhecidos, entre eles o Guto Lima, produtor e o único que sabe o que tá fazendo no conselho de cultura do estado (ainda és?). Ele me zoou por causa da credencial, falei que tava cobrindo pro meu blogue e aí pra não passar por mentiroso, tive que criar esse blogue do nada em um dia.

A última vez que fui num show dos loser manos tinha sido uns 2 anos atrás. Os do CIC compromissos da minha atribulada agenda não me permitiram comparecer. Como eu sei que eles são meio como o Pato Banton, sempre voltam, não me desesperei.

Vamos ao que interessa! Tá certo que os caras não ostentam mas poderiam caprichar no figurino. Jeans e camiseta Hering é phoda. Quando eu tocava, não colocava nada de muito especial, só que evitava vestir a primeira coisa que via no armário. A gente até desconsidera esse desleixo quando começa o som. Pois É abriu a noite seguida de O Vento.

Não vou comentar uma por uma não, nem o revezamento deles entre os instrumentos. E do jeito esquisito e cool que o Amarante se move ao tocar. Quem foi, viu e ouviu. Seleção bacana, quase nada do primeiro. E lá pela uma hora rola a coisa mais inédita dos últimos tempos: tocaram aquela. Aquela!!!!!

Foto By Kerowl

A credencial escrito IMPRENSA me abria as portas. Eu teria acesso total ao camarim, fingir uma entrevista e ver se a barba do Amarante era real ou se ele pegou emprestado do departamento de maquiagem dos Outros. Ou assim eu pensava. Eu tinha o crachá mas não tinha a pulseira amarela, a contraprova. Já uma mina fofinha, no sentido uti-cuti do termo, tinha apenas a pulseira. Juntos conseguimos entrar.

A gente não tava perdendo grande coisa. O camarim era deprimente, só perdendo para o imaginário do Ramirez na Creperia. Igual ao do Émerson Lake & Palmer Nogueira acho que nunca mais, bebida a vontade e petiscos de primeira. Da banda apenas o Amarante e o Camelo. A Carpe Diem, a da pulseira amarela, resolveu dizer para o Camelo que acha uma pena eles serem reconhecidos por Ana Júlia. Ele disse fui eu que escrevi e se levantou. Tsc, tsc.

Não tiro fotos com o pessoal das bandas eles que tiram comigo. Hahahaha. O Camelo visivelmente abatido, afinal eles são sensíveis, não queria mais posar. Tinha cansado de ser sexy no palco. O barbudão ainda tinha algum gás. Eu, a Carpe, um amigo dela e o Amarante tiramos uma foto. Na hora de dizer xis surgiu uma pequena variação, todos dissemos pau no cu. Espero que isso não pegue, em certos círculos sociais não seria de bom alvitre.

A banda já tinha vazado e não tinha mais nada para se fazer por ali. Um segurança babaca ainda confiscou minha credencial como se ela fosse valer uma fortuna num site de leilão. No fim dei carona para algumas 7 ou 8 pessoas que conheci no camarim. Todos gente finíssima, da melhor qualidade. A noite acabou numa casa desconhecida, com todo mundo organizadamente vendo o orkut do outro e discutindo aquela música.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 8:33:00 PM 6 comentários  

Traje social ou passeio completo

Deve ser a idade que chegou de vez ou porque a verba anda curta já que a inquietação noturna amenizou. Me lembro quando era mais novo e cada vez que chegava o final de semana era obrigatória a saída para a pesca predatória. No verão era bom por isso, ainda mais morando na praia. Bastava sair até o centrinho de Ingleses, lugar de gente bonita e elegante, conhecido popularmente como “pracinha”. Nego que se referia àquela parte como centrinho já sinalizava que não era local, se bem que nunca vi nenhum forasteiro apanhar por ser haole, no dialeto dos nativos. A não ser que falasse mal da sagrada instituição da farra-do-boi ou rabeasse, no bom sentido, um surfista da área.

Então, como ia contando bastava dar um rolezinho e sempre se encontrava conhecidos dispostos a novas aventuras noturnas no norte da Ilha. Do nada, sem esperança de algo interessante para fazer em um domingo de janeiro (ou fevereiro?) surgiu uma formatura fora da estação, devia ser para a raça que passou em segunda época.

A gente, eu e um outro cara mais duas amigas nossas, não era convidado de nenhum formando. Elas é que iam arranjar os convites para a formatura de pirralhos do terceirão. Fazia bastante tempo que eu mesmo tinha passado dessa fase. Supostamente elas conseguiriam com facilidade, sabe como é: mulher consegue tudo.

Elas estavam todas emperiquitadas e esse cara que tava comigo foi na estica, terno e gravata. Eu, não. Ainda não tinha descoberto o poder dessa vestimenta e me abstinha de usar roupas formais, era adepto de uma linha exclusivamente street wear. Fui com uma camisa social azul de manga longa, o máximo de concessão que me permitia e uma calça de veludo azul marinho hugo boss que tinha custado setenta contos, uma fortuna para a época.

Não éramos os únicos sem convite. Formatura ainda é a melhor opção de balada em Florianópolis com baixo orçamento. Quem tá pagando são os pais dos trouxas que estão se graduando. Foi nesse momento que tive o insight: comércio ilegal de convites de formatura. Em pouco tempo dispunha de contatos com os seguranças, policiais em horário de folga. Essa atividade me rendeu muita grana mas perdi tudo em jogos de ludo a dinheiro.

Não que fossem feias, mas as minas pareciam que não tinham todo esse poder de sedução, tiveram que implorar um bocado até descolar 4 convites. A mais porra-louca delas quando foi se aproximar de dois carinhas, tropeçou num meio fio e quase cai se não tivesse se pendurado pelos braços no pescoço de cada um deles. Eles riram, ela riu mais ainda e a gente por perto fingindo que não conhecia a desastrada.

Enfim com os bilhetes que nos admitiriam no salão do clube, esperamos na fila a galerinha ser revistada na nossa frente. Quase na entrada, os seguranças começam uma operação pente fino para identificar quem não estava usando calça social. Mais rigidez com quem não estive usando uma do que com o sujeito que portasse um três oitão ou bagulho. Na minha vez me advertiram “Tu, não, gurizão!!!”. Os três entraram e da janela me jogaram a gravata. Como não pensei nisso antes! A gravata ia despistar os parrudos que zelavam pelo dress code do baile com toda a certeza.

O plano fracassou e não sei de onde veio a idéia, dessa vez brilhante de esperar um pouco enquanto o meu coleguinha ia até o banheiro e pela janelinha ia tentar me jogar a sua própria calça. Não esperei 2 minutos, as nossas amigas na expectativa e a calça veio descendo suavemente. Mais ágil que o Taffarel catei a peça no ar e fui para um canto escuro e coloquei por cima da minha calça, aquela de 70 reau. Ela ficou meio larga e tive que apertar bem o cinto.

Consegui entrar finalmente e corri para o banheiro. O sujeito, lembrem-se, estava só de cuecas em um cubículo daqueles. Depois ele me contou que aproveitou o ensejo de estar sentando no trono e deu um barro tranqüilamente. Passei a calça por cima da separação e pronto estávamos para dançar até a valsa dos formandos.

As minas ficaram a par da nossa aventura, mas como essa operação toda levou uns bons minutos, outros caras tinham aparecido e melado nossos planos de dominação. C´est la vie! O resto da noite não me recordo muito bem, lembro que rolou uma pancadaria, mas a polícia fashion não precisava ficar alarmada, eles usavam calças sociais.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 5:24:00 PM 0 comentários  

Respeitem a natureza!!!!

Caso não tenham acompanhado o fim ruidoso do meu último relacionamento, foi capa de todas as Contigos, Amigas e Caras da vida por semanas, saibam que isso me deixou meio traumatizado e sem vontade de sair de casa. Malditos paparazzi, que não dão trégua, eles não sabem respeitar minha dor e se pudessem se esconderiam até no encanamento do vaso sanitário. Por isso peço uma salva de palmas pro sujeito que inventou a tele-entrega.

Precisava urgentemente sair de casa e como conseguir isso, sem atrair a multidão de repórteres para minha escapada? Combinei com um sósia meu que sempre usava para situações de perigo uma forma de ele despistar os abutres enquanto eu sumia disfarçado de Superhomem pela casa do vizinho.

Ufa! Deu certo o plano. Depois que coloquei a cueca por baixo da calça, cheguei na praia caminhando e resolvi fazer uma trilha pelas pedras do costão até uma praia vizinha. Lindo, perfeito, comunhão total com a natureza como um poeta do arcadismo. Minha fama e fortuna não significavam nada para aqueles seres todos. Se bem que acho que um lagartão me reconheceu.

Cheguei, com milhares de carrapichos presos no tênis e nos pelos das pernas, ao meu destino. A coceira tinha amenizado. Respirei o ar puro e curti um pouco aquela calma. Não tomei banho pelado por medo das fotos pararem na Internet. Isso não seria bom, agora que estou negociando meu ensaio sensual pruma revista dessas.

Era hora de voltar e vi um pedaço de cabo de enxada ou machado ou algo assim entre as pedras e peguei-o para bancar o Robinson Crusoé. Mal sabia eu as implicações desse ato tão corriqueiro.

Estava esbaforido, sem fôlego mesmo pois tinha andado no sol do meio-dia, pelo horário de verão parecia mais cedo. Embaixo de umas pedras perto do ponto de partida da trilha, as pedras do costão da praia A, encostei meu belo e cansado corpinho à sombra. Vi algo rolando nas ondinhas e batendo contra as pedras lá embaixo. Parecia um pingüim morto.

Era um Spheniscus magellanicus morto. Desde criança as figurinhas de animais que vinham no chocolate Surpresa e corpos de animais mortos me causam comoção e quase me empurraram para uma carreira na biologia. Ainda tenho a coleção e a caveira do primeiro passarinho que encontrei guardada em algum lugar.

Cheguei bem perto dele e o virei com meu cajado. Para quê? Uma criança que estava bem perto lavando no mar seu baldinho de areia e voltou correndo para seus pais ou o que me parecia um casal de israelenses bem suspeitos. Mãe, o moço matou o bichinho com uma paulada. Eu vi ele vivo não faz nem 2 minutos, disse uma outra testemunha de acusação.

Quando dei por mim, centenas de banhistas estavam na areia em volta de mim. Tinham me reconhecido e não adiantava tentar explicar a história. Para todos os efeitos eu era o assassino do pobre animal, morto a pancadas, que por azar pegou uma curva errada no estreito de Magalhães, que nem é tão estreito assim.

Logo eu que dirigi dezenas de comerciais pro Greenpeace voluntariamente (leia-se: por um cachê bem menor do que mereço) e não faria mal a um mosquito, deixo isso pro SBP (outro comercial meu).

Alguém lembrou que crime desse tipo é inafiançável. É nessas horas que dou o devido valor ao diploma de curso superior que comprei. Sabia que teria utilidade algum dia mas não foi nesse. Vou deixar pruma próxima, num caso de sedução de menores, obviamente uma armação.

Consegui escapar dessa confusão, sempre consigo. Culpem o meu charme e carisma magnéticos. Mas a notinha no jornal no dia seguinte não foi das mais favoráveis. (Nota: demitir minha assessora de imprensa). Mesmo assim tá no meu álbum de recortes de coisas que são ditas de mim na imprensa.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 1:57:00 PM 0 comentários  

Rádio-patrulha

"Pô, meu! Tu curte essa banda? Então tu vai gostar dessa também!!!!"

Pois é. O Pandora, como aquele chapa que tenta te convencer a ouvir uma banda legal que ele curte, faz a mesma coisa. Te indica com base numa banda que tu escolhe e segue te dando palpite. "Gosta dessa? Não? Na próxima eu acerto." Aí basta atribuir polegares pra cima ou pra baixo, conforme o gosto do freguês.

Adivinha que banda experimentei primeiro? Começa com W... Na sequência a rádio me sugeriu uma do Teenage Fan Club, banda véia do tempo que eu era teenager. Depois veio King´s X e Sanctus Real, sendo que essa eu ignorava solenemente a existência. 2 polegares pra baixo. Superchunk. Legal, valeu, mas eu já conhecia. Mais pra frente acabei reabilitando Sanctus Real.

Tem que fazer conta. Eles pedem email e CEP americanos. Qualquer email teu pontocom serve. CEP? Ora, quer um mais chique que 90210.

Valeu pela dica Lis!!!

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 6:20:00 PM 0 comentários  

Uauauiua!!!!

Nunca sei que hora passa o Letterman. Pra mim era por volta da meia noite. Daí até estranhei quando vi de manhã. Foi classe, porque o convidado musical era o Beck e o entrevistado era o Borat. Não sei se vocês já viram esse cara. Na verdade é o Ali G, o DJ da Madonna em Music. Ele faz que é um jornalista do Casaquistão que vai conhecer os U S and A no filme "Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan ". Ele dá entrevista como se fosse o personagem, e não se perde. Ainda tocou berimbau com Beck.




Pra quem não viu aí vai a segunda chance. Não precisa me agradecer.

Mais vídeos do Borat no Google.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 5:32:00 PM 0 comentários  

Mundo Paralelo S.A.

Fico com o maior medo de me desmascararem. Já pensou com que cara ia encarar meus parentes ao ler num blog alheio, para o resto do mundo constatar a verdade mais bem escondida de todos os tempo - sou pouco original - o link para uma matéria que sampleei de alguém. Isso aconteceu há pouco com um conhecido e muito visitado blogueiro que até teve quadro no programa do Huck e notório reincidente na arte do control c control v, sem a devida menção à fonte.

O desconto, se é que se deve dar algum, vem do fato de o turco ter milhares de acessos diários e visitantes ávidos por novidades engraçadinhas pra forwardar para a sua lista de emails, no fundo agindo como uma espécie de bandeirante do humorismo internético, e o desmascarador, ultimamente, não vem dedicando muito tempo ao seu próprio site, que representava a vanguarda do internet buzz marketing (para o bem ou para o mal) quando isso não rendia um trocado. Mesmo assim...

No meu caso, não. Como lido com material 100% autobiográfico, imagine os senhores a minha cara ao saber que alguém viveu o que vivi e que eu o plagiei. Só posso dizer: Vão em frente, me desmascarem. Seria um alívio tremendo saber que não sou o único levando essa vidinha mais ou menas.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 10:07:00 AM 0 comentários  

Plantar um livro, escrever um filho e criar uma árvore II

De quando quase espantei o fantasma de Chico Toicinho sem saber que se tratava de tão ilustre figura

Estava aborrecido de ler por tantas horas a fio no meu quarto de hotel, onde eu morava provisoriamente, no centro da cidade. Assim que o fluxo de caixa se tornasse promissor me mudaria para outro lugar.

Peguei a pilha de livros que uma editora tinha me dado recentemente para resenhar. Eram vários heróis meus, nomes de peso da literatura brasileira e mundial, coisas que eu lia com um prazer indescritível, sem nem pensar no tempo que a tarefa consumia.

A pilha de livros depositei na mesinha de centro e lá permanecia eu num confortável sofá, lendo no hall do 5° andar, o andar do meu quarto. Noite alta, ninguém me perturbaria àquele horário.
Não haveria zum zum zum no corredor pois havia poucos hóspedes alojados.

Lia tranqüilamente quando me surpreende o fantasma do Bukowski, um maldito poeta e escritor maldito teuto-americano. Ele costumava entrar no meu quarto sem autorização e tomava emprestadas algumas das coisas que eu lia e bebia a cerveja do frigobar.

Onde ele tinha aprendido português me escapava. Acho que ele, sem trocadilho, buscava alimento para o espírito, além do mais se aquele era um fantasma que bebia, como ele adquiriu conhecimento de nosso idioma parecia uma questão irrelevante.

Sabia apenas que lia e comentava comigo acerca dos estilos e vozes de cada um dos autores. E eu conversava animadamente com ele sempre que aparecia. Ao ser indagado acerca do pós-vida de um escritor ele falava da turma que, tirando Hemingway e Bocacio, conseguia ser incrivelmente chata, principalmente os poetas narrativos e alguns novelistas russos. Nada diferente de uma reunião da ABL, com a vantagem de que no paraíso dos escritores alguns deles pareciam mais vivos que os nossos imortais.

Escolheu um dos volumes mais grossos de cima da mesinha, que deve ter agradecido pelo peso retirado, e imaginei que ia reter sua atenção por um bom tempo, impedindo-o de interromper a minha leitura com conversas literárias.

Sou o mais exigente quanto ao ambiente propício para ler, detesto salas com mais de uma pessoa, com a TV ligada nem pensar. Música ou qualquer outro som só numa altura limítrofe entre o infra-sônico e o ruído de fundo, por isso sou tão chato e não leio em bibliotecas; minha atenção se vai com um alfinete caindo e sempre tem algum celular soando um toque estapafúrdio.

Ele pega uma cerveja no meu quarto e se instala confortavelmente em outro sofá na minha frente. Fora o virar das páginas ele não faz ruído algum, ainda bem. Depois de tantas vezes em sua companhia, começava a me acostumar com ele, a ler tendo alguém mais a minha volta.
Quando ainda morava com uma antiga namorada antes do sexo de boa-noite violento e animalístico que praticávamos, líamos cada qual no seu respectivo lado da cama. Sua respiração me incomodava e logo eu tomava a iniciativa e a comia. Depois que ela adormecia, continuava de onde tinha parado e lia até o sono me dominar.

Que cena! Eu e o velho Buk lendo ali, mal percebemos quando surge um sujeito magro e de cabelos curtos, de jeans e camisa azul, que subia as escadas, e parou no nosso andar. Ele viu a pilha de livros dos temas mais variados, se aproximou da mesinha de centro e mexendo na pilha escolhe um deles e sai.

Ei, onde que tu tá pensado que vai com esse livro? foi assim que o repreendi.

Vou ler esse aqui, me respondeu o sujeito.

Vai ler merda nenhuma! Nem me pediu autorização e eu não te emprestei. Isso aqui não é biblioteca pública. Esses daqui tu não vai encontrar nas livrarias desse arquipélago nem que a vaca tussa.

Eu pensei que podia ler, diz ele.

Pode o escambau, seu folgado. Nem te conheço e já vai tomando liberdade... Se ainda fosse sentar aqui e pedir emprestado primeiro.

Todos esses são teus? indagou o recém chegado.

Sim. Todos eles. Por quê?

Até esse que o cara aí tá lendo? continuou ele.

Sim, respondi de novo secamente.

Não sabes quem sou? me pergunta ele. Reparei que não havia em sua voz aquele tom nojento de carteiraço, que as pessoas usam para salientar a sua importância e notoriedade.

Claro que não, nunca te vi na minha vida.

Sou um fantasma como ele. Talvez já tenha lido algo que escrevi, eu fui filósofo. Francis Bacon era o meu nome.

Ah, tá! Desculpa, Chico. Fica a vontade, não te reconheci sem a peruca branca de cachinhos.

(Escrito por volta de setembro de 2003)

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 8:49:00 PM 0 comentários  

Cadê o cinema de atitude?

Quer dizer que deu medinho é? Como dizia aquele personagem interpretado pelo Jô "Revanchismo, não." Pois se é assim então eu devia temer pela minha vida, se algum dia tornarem público o conteúdo bombástico do meu depoimento acerca da política cultural (sobrou até pra Vera "snif snif" Fischer) do atual governador pra propaganda política do opositor que perdeu mas não foi pro ar.

Fiquei meio puto porque não me chamaram pra participar desse mega projeto-protesto. E com razão, por que existe alguém com mais direito de reclamar desse puLHa do que eu que fiquei esperando quase 3 anos pra concluir um curta que tranquilamente não levaria mais que 6 meses? Bem feito, quem mandou ser artista!

Como o dinheiro que o governo me devia não vinha EU fiquei devendo pra todo mundo que trabalhou comigo, até pra mim o que é uma bosta porque eu me considerava um bom próprio patrão. Mas me achei o máximo foi quando me acionaram no Pequenas Calças. Interpretei isso como um sinal de sucesso.

Outros menos pacientes ameaçaram, se me encontrassem na rua, separar minha cabeça do resto do corpo, o que seria uma pena já que somos muito ligados. Mesmo quitando as dívidas e teoricamente sem motivo para temer pela minha integridade física, só após um longo e dispendioso tratamento psicológico pude voltar a andar nas ruas sossegado. Sem medo da própria sombra que suspeito que fazia caretas pelas minhas costas.

Bom, o papo tá ótimo. Preciso ir agora, tenho que arrombar a Cinergia e vasculhar os arquivos da ilha de edição atrás daquela fita. Sabe como é...

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 5:23:00 PM 0 comentários  

Para que serve um blog?

É pra ser confessional como um católico, apostólico, romano? Ou assumo um pseudônimo e tento atingir quem eu desgosto?

Essa última opção parece ser sensata para os muito cáusticos já que o anonimato quando oculto conserva os dentes no lugar. Como não acho que minha vida anda lá essas coisas pra ser tão autobiográfico assim como parecia o natural, prefiro ficar em cima do muro (ia dizer coluna do meio, coisa que sempre me soou como sinônimo para terceiro sexo, se é que nos tempos de hoje só existem as 3 variações).

Tudo isso para dizer que sou cagão. Se não fosse, ia postar aqui contando de um sonho noite passada que tive com uma guria que já tinha até parado de sonhar com, afinal eu tava bem comprometido numa relação estável e potencialmente duradoura e não ficava bem ter esses devaneios com qualquer uma que não fosse a patroa.

Nesse sonho finalmente ela decidiu liberar pra mim e adivinha se agora eu queria? Tive que dizer não, eu passo. Não, não foi bem assim, mas também não sei o que aconteceu: acordei.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 9:28:00 AM 0 comentários