Rádio

Proibido proibir (Crítica do filme)

Proibido proibir é sobre a juventude de hoje, que está perdida na sua própria inércia. Uma juventude que tem que arranjar novas bandeiras para levantar, que tem que descobrir contra o que se rebelar, já que o país goza de uma democracia plena (até que provem o contrário) há anos.

Caio Blat está perfeito como o estudante de medicina drogadito Paulo, assim como Alexandre Rodrigues (Cidade de Deus) como o estudante de sociologia Leon e Maria Flor, que encarna a namorada de Leon e estudante de arquitetura Letícia. O trio, que está para se tornar um triângulo amoroso, está afinadíssimo nesse filme do chileno Jorge Durán.

Na trama, Paulo e Leon dividem uma casa no subúrbio do Rio e vivem para estudar até que os filhos de uma paciente terminal de Paulo se envolvem em uma confusão com a polícia, quando o mais velho morre executado e o caçula fica jurado de morte por ser a única testemunha do crime.Letícia e Paulo resolvem visitar o menino na favela onde mora e isso os aproxima mais ainda. Eles fazem planos de salvá-lo. Enciumado, Leon decide salvar o garoto sozinho e acaba sobrando bala pra ele, como diria um jornal sensacionalista.

O filme deixa a platéia meio deprimida pois a questão da exclusão social é mostrada em sua face mais realista. É impossível não ser tomado de um sentimento quase agoniante que compartilhamos com o futuro médico de não haver o que fazer para dirimir o problema da violência urbana, ainda mais envolvendo a banda podre da polícia, que é corrupta e mata.

O único senão é o final do filme, que não chega a ser conclusivo, coisa que tem em comum com outros filmes nacionais da nova safra. Com uma coleção de prêmios nacionais e internacionais, vale uma conferida.

Cotação: * * *

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 7:20:00 PM  

0 comentários:

Postar um comentário