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Carreiras (Crítica do filme)

Carreiras, o último filme do dramaturgo Domingos de Oliveira, estreou antes na telinha (Canal Brasil), numa estratégia similar a Dias Melhores Virão, de 1990, de Cacá Diegues.

Baseado numa peça de Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha (criador de A Grande Família), o longa, produzido em vídeo digital durante 8 noites, mostra uma noite na vida de uma âncora de telejornal, Ana Laura (a ótima Priscila Rozenbaum), que descobre que perdeu o emprego para uma mulher mais jovem.

Transtornada, cheira muito (daí deriva o título), bebe, fuma, briga com o noivo e telefona. E como telefona. Para seus superiores, para sua mentora, entre outros. De um monólogo (tem coisa mais básica que isso?), Oliveira fez um filme igualmente simples, que custou alegados R$ 35 mil e inaugura um “novo” movimento cinematográfico, o BOAA (Baixo orçamento e alto astral).

Não curto muito o marquetchim da mendicância, foram distribuídos emails-manifesto assinados pelo próprio diretor como meio de promoção do filme, mas no presente caso a gente até releva por se tratar de um filme regular, nada mais que isso, que foge do binômio Nordeste-Favela que tanto assola a cinematografia verde-amarela contemporânea, e que merece uma conferida.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 6:16:00 PM  

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