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Transex também é gente

Ocupando ontem meu tempo de ócio, conforme prescrição do Dr. De Masi, com joguinhos inofensivos em uma das comunidades do orkut de que faço parte, descobri um participante no mínimo curioso. Eu não sou de fuçar no orkut alheio, aprendi com erros passados que certas coisa convém não saber. Tomo a iniciativa de visitar apenas quando é mulher que me visitou primeiro e seu nome me desperta a curiosidade. Se for no mínimo simpática, i.e. feinha, deixo um olá e vou embora. Nada do tipo, "ei, que você andou fazendo no meu perfil?" (o meu melhor é o esquerdo). Se for bunita (sic), passo uma cantada barata qualquer, meu sorriso faz o resto.

Tergiverso e não chego ao ponto. Ok, a pessoa em questão me chama a atenção pelos trajes que usa na foto. Como são miniaturas, pensei se tratar de uma mulher liberal, usando um maiô meio indecente, desses que deixa a barriga de fora, com alguém cortado da foto (ex-alma gêmea?). Caberia aqui o blábláblá filosófico sobre a forma como a internet serve como um canal para projetarmos o que está no íntimo de cada um de nós, louco para sair se a oportunidade aparecer, de nos fantasiarmos, como os caras que freqüentam chats e usam pseudônimos e personalidade femininos, tudo aquilo que algum francês falou mais e melhor no Caderno + da Folha. Como estamos nesse blog mal escrito e mal freqüentando, isso fica em último plano e volto a falar do que interessa: Dominique.

Quem se chama Dominique nos dias de hoje? Lembro de uma canção chata que a Noviça Voadora ou a Rebelde cantava, era muito irritante. Movido pela curiosidade do nome, entrei em seu perfil e vi seu nome (de guerra) completo: Dominique Gatinha, até aí normal, tem gente que não se enxerga. O nome não acaba por aí, há mais um sobrenome artístico: Transex. O que fazer uma vez que estou marcado como visitante? Aproveitei e dei uma olhada no álbum de fotos. Espantoso, matéria para pesadelos durante semanas. Fotos despudoradas de lingerie de noiva, de freira, ente outras. Grotesco, no sentido John Waters no começo de carreira da palavra. Falei dos livros do maus poetas no post anterior me perseguindo em sonho. Isso é fichinha perto dos horrores oníricos que poderei ser acometido.

O lado bom do episódio de hoje foi a demolição de um falso mito. Transexual também é filho de Deus e é gente como a gente, (trocadilho não intencional), apesar do que diz a Encíclica Papal De rabus placere non usarebum. Além dos padrões de comportamento sexual pouco ortodoxos, Dominique também quer se divertir com jogos inocentes como qualquer pessoa.

Bom, se ele(a) retornar a minha visita, vou ser simpático e deixar meu olá no seu scrapbuqui.

Escrito, produzido e dirigido porLeandróide às 5:59:00 PM  

1 comentários:

Anônimo disse... terça-feira, março 27, 2007 12:01:00 AM  

Ahhh ate que enfim consegui postar aqui.. hahah é cada coisa bizarra desse orkut.. q dá até medo.. ta vendo foi curiar. quase leva um infarto .. e ai ja recebeu um scrapizinho de lembranças ?? srsr legal esse post ´^ Bjusssss ate

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